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Um ano após terremoto em Haiti, solidariedade do Papa

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011 

Bento XVI voltou a dirigir um pensamento especial à população do Haiti no último domingo, durante a oração do Ângelus na Praça de São Pedro, um ano após o terrível terremoto que devastou a ilha caribenha, matando mais de 220 mil pessoas.

 

"No contexto da oração mariana, desejo lembrar especialmente do povo do Haiti, um ano após o terrível terremoto, ao qual, infelizmente, seguiu também uma grave epidemia de cólera", disse o Papa.

 

"O cardeal Robert Sarah, presidente do Conselho Pontifício Cor Unum, irá hoje à ilha caribenha, para expressar a minha proximidade constante e a de toda a Igreja", acrescentou.

 

Hoje no Haiti, um milhão de pessoas, incluindo 500 mil crianças, ainda vive em 1.200 abrigos temporários, em condições atrozes.

 

Além disso, nos últimos meses, uma epidemia de cólera espalhou-se rapidamente em todas as regiões do país, causando 3.500 vítimas até agora.

 

Em meio ao caos gerado pelo terremoto, ao qual se acrescenta a crise política após as eleições de novembro passado, surgiu o alarme sobre a adoção ilegal de crianças haitianas.

 

Missas em Roma e em Porto Príncipe

 

Em Roma, particularmente na Basílica de Santa Maria a Maior, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, presidirá uma Celebração Eucarística pelas vítimas do terremoto, em 12 de janeiro, às 16h30 (hora de Roma).

 

O corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé e os demais corpos diplomáticos presentes em Roma foram convidados para a Missa.

 

No mesmo dia, o cardeal Robert Sarah, que está no Haiti desde o dia 10 e ficará até o dia 13, presidirá a Missa nas ruínas da catedral de Porto Príncipe, concelebrada pelo núncio apostólico, Dom Bernardito Auza, e por todos os bispos da ilha.

 

O cardeal Sarah, que é acompanhado nesta viagem pelo vice-secretário do mesmo conselho pontifício, Dom Segundo Tejado Muñoz, se reunirá com os bispos da ilha e visitará o presidente da República.

 

Na véspera da sua partida para o Haiti, o cardeal explicou à Rádio Vaticano que, "dessa vez, vou tentar mostrar que não só o Santo Padre está próximo do povo haitiano, mas toda a Igreja, todo o povo de Deus está próximo e reza pela população que sofre no Haiti, também com a promessa de ajudar, de maneira concreta, a reconstruir o país".

 

"Nós fizemos muito, mas temos de continuar, porque há muito a ser feito: reconstruir escolas, hospitais, casas – acrescentou. Portanto, não devemos esquecer essas pessoas que estão sofrendo e devemos reforçar a solidariedade e o apoio para ajudar o povo haitiano a reconstruir o país."

 

Fonte: www.zenit.org