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Sinais de alerta de possível preguiça em nós

Você se considera preguiçoso(a)?

No último texto da Série Vícios e Virtudes, abordamos a temática da preguiça e os seus malefícios para o ser humano. Hoje apresentaremos cinco sinais de alerta de possível preguiça em nós. Faz-se necessário um exame de consciência e uma sincera autoavaliação, a fim de encontrar os erros e mudar as atitudes que nos levam a este pecado capital. Confira os sinais, a seguir.

1- Desordem: O preguiçoso vive sem ordem, deixando-se levar pelas circunstâncias. Verifica-se, por um lado, uma desordem nas prioridades. O preguiçoso dá prioridade àquilo que lhe é mais fácil, que obtém um retorno mais imediato ou àquilo que gosta de fazer em detrimento daquilo que deve fazer, que é mais importante. Por outro lado, também existe uma desordem nas ocupações. O preguiçoso faz as coisas não porque é tempo de fazê-las, mas porque acha que é momento de fazê-las ou apenas porque tem vontade de fazê-las. Com efeito, o preguiçoso tende a se deixar levar por aquilo que os seus desejos lhe mandam ou pelo que as circunstâncias oferecem.
Desleixado ou indolente: cumpre seu dever com lentidão, moleza, indiferença, mal feito.

2- A tristeza: a tristeza da preguiça é consentida. Não nos referimos aqui àquela emoção involuntária que surge como resposta natural a situações determinadas, e que é certamente, amoral, como tampouco àquela tristeza positiva, gerada pelo reconhecimento das faltas e que leva ao arrependimento e conversão. A tristeza preguiçosa consiste na falta de alegria no serviço aos outros, pelo amor desordenado ao descanso e ao ócio. Este mal adquire um peso todo particular quando se dá em relação ao serviço divino.

3- Desgosto pelo trabalho: o preguiçoso sente reticência ao esforço e sacrifício por preferir o prazer. Quando pode não fazer as coisas, não as faz. Quando está obrigado a fazê-las, as faz de má vontade, tentando aplica o mínimo esforço possível, expressando-se em atitudes como a tepidez (realizar as ações com frouxidão, moleza, pouca força ou energia), lentidão (realizar as tarefas com retardo, com demora, não por incapacidade, mas voluntariamente) e não finalização ou falta de acabamento (não concluir as ações e projetos que foram iniciados devido ao esforço que isto requer).

4- Desânimo: o preguiçoso muitas vezes cai num desânimo que consiste em fazer as coisas que devem ser feitas, porém, sem entusiasmo. São Gaspar Bertoni afirma: “caem neste vício todos aqueles que não suportam a fadiga, e quando lhes é solicitado um compromisso, o executam de qualquer modo; não gostam de ouvir a palavra de Deus; confessam de forma estereotipada, sem contrição e sem um diligente exame de consciência; realizam tudo com enfado e, para se eximir de esforço, pouco fazem pela própria salvação e pela dos outros, e menos ainda para serviço e a glória de Deus, a quem demonstram pouca reverência”.

5- Evasão: O último sinal da preguiça que apresentaremos é a evasão. Este mal consiste em restar-se de realizar o bem. Especificamente, aquele bem que se obtém pela vitória na luta contra os impulsos interiores momentâneos. O preguiçoso deixa de lutar contra os seus apelos sensíveis e perde o controle de si, deixando-se levar por aquilo que vem e vai. Assim sendo, a pessoa entra em um estado de dispersão e falta de autodomínio, que lhe impede de controlar tanto seus impulsos interiores quanto os exteriores, levando-o, então, a incorrer em males muito prejudiciais para que procura viver a virtude e a santidade. Se expressa em tagarelice excessiva, curiosidade, inquietação e desatino da mente.

Se você reconhece algum destes “sintomas” no seu dia a dia, lhe convido a fazer um exame de consciência, a fim de reconhecer se está sendo afetado pelo vício da preguiça.

Fonte: Shalom
Foto: UNSPLASH