Papa: O trabalho é parte do desígnio de Deus para o homem
Papa: O trabalho é parte do desígnio de Deus para o homem
Na Audiência geral, o Santo Padre afirma que quando se perde de vista a aliança entre Deus e o homem, o trabalho torna-se um elemento de escravidão e destruição
O Papa Francisco chegou na Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira, despertando o entusiasmo de centenas de fiéis ali reunidos. Enquanto o Pontífice passava pelos corredores, como toda semana, peregrinos de todo o mundo gritavam o nome do Papa demonstrando a alegria do momento.
Ao passar pelo corredor central, o Papa cumprimentou as pessoas mais próximas, que pediam a bênção e ofereciam alguns presentes. Francisco, de maneira muito carinhosa, se deteve especialmente com as crianças.
Como foi explicado pelo próprio Papa, no ciclo de catequeses sobre a família, ele dedicará três momentos às dimensões que definem o ritmo da vida familiar: festa, trabalho e oração.
Após o aprofundamento sobre a festa, na semana passada, esta manhã, o Pontífice falou sobre o trabalho.
No resumo da catequese em português, Francisco destacou que “o trabalho, como a festa, é parte do desígnio de Deus para o homem”, lembrando que “é na família que se aprende o valor do trabalho, da sua importância para garantir uma vida digna para as pessoas caras”.
Ele explicou que o trabalho também tem uma dimensão espiritual. “Oração e trabalho devem coexistir em harmonia, pois uma inspira e dá sentido ao outro, afirmou Francisco.
“Jesus nasceu no seio de uma família de trabalhadores; era chamado o filho do carpinteiro”. “De fato – continuou – o trabalho exprime a dignidade do homem criado à imagem de Deus e, por isso, enfrentar a questão do desemprego é uma grande responsabilidade humana e social. Por outro lado, através do trabalho, o homem colabora na obra da criação e, quando se perde de vista a aliança entre Deus e o homem, o trabalho torna-se um elemento de escravidão e destruição: do meio ambiente e da própria família”.
Por fim, ele lembrou que “os cristãos estão chamados a dar uma resposta a este desafio gigantesco, com a fé e coragem com que Davi enfrentou Golias, e assim consertar as rachaduras presentes na nossa casa comum”.
Depois, Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa: “Dirijo uma saudação cordial a todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis de Portugal e do Brasil. Faço votos de que esta peregrinação possa reforçar em vós a fé em Jesus Cristo, que chama todas as famílias a colaborarem na construção de um mundo mais justo e belo. Que Deus abençoe a cada um de vós!”.
Para encerrar a Audiência Geral, o Santo Padre dedicou algumas palavras aos doentes, aos jovens e aos recém-casados, recordando que hoje celebra-se a festa de São João Eudes. Ele pediu que a devoção de São João Eudes aos Sagrados Corações de Jesus e Maria ensine “os queridos jovens, a necessidade da intercessão deles no caminho espiritual". Francisco também fez questão de encorajar os doentes “a enfrentar com fé os momentos de sofrimento" e pediu aos recém-casados "para educar com amor os filhos que o Senhor quiser doar-lhes".
O Bispo de Roma também recordou a recorrência dos 75 anos de fundação da comunidade de Taizé. "Desejo enviar minha saudação, junto com minha oração, aos irmãos monges em memória do amado fundador irmão Roger Schutz, de quem há três dias recordamos os 10 anos de morte. Bom caminho à comunidade de Taizé", afirmou Francisco.
Fonte: Zenit.org
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