Liturgia Diária

LITURGIA DO DIA 28 DE JULHO DE 2021

QUARTA-FEIRA DA XVII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do Dia)

Antífona de Entrada
Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)

Leitura (Êxodo 34,29-35)
Leitura do livro do Êxodo.
34 29Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor. 30E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele. 31Mas ele os chamou, e Aarão com todos os chefes da assembleia voltaram para junto dele, e ele se entreteve com eles. 32Aproximaram-se, em seguida, todos os israelitas, a quem ele transmitiu as ordens que tinha recebido do Senhor no monte Sinai. 33Tendo Moisés acabado de falar, pôs um véu no seu rosto. 34Mas, entrando Moisés diante do Senhor para falar com ele, tirava o véu até sair. E, saindo, transmitia aos israelitas as ordens recebidas. 35Estes viam irradiar a pele de seu rosto; em seguida Moisés recolocava o véu no seu rosto até a próxima entrevista com o Senhor.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 98/99
Resposta: Santo é o Senhor nosso Deus!

Exaltai o Senhor nosso Deus e prostrai-vos perante seus pés, pois é santo o Senhor nosso Deus! R.

Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia. R.

Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos
que o Senhor nosso Deus tinha dado. R.

Exaltai o Senhor nosso Deus e prostrai-vos perante seu monte,
pois é santo o Senhor nosso Deus! R.

Aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

Evangelho (Mateus 13,44-46)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 13 44″O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo. 45O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra”. Palavra da Salvação.

Liturgia comentada
A pérola de grande valor… (Mt 13,44-46)
Apenas três versículos. Duas mínimas parábolas. Uma lição essencial.
Não nos cansemos de admirar a densidade do ensinamento do Mestre Jesus, sua sabedoria ao condensar em duas imagens um ensinamento de valor eterno.
Dou a palavra a Hébert Roux, que comenta esta passagem:
“O que Jesus quer trazer à luz é o valor inestimável que representa a posse do Reino. O tesouro escondido, descoberto pelo homem, permanece como uma realidade oculta, apesar de descoberta. Desde então, a existência daquele que fez essa descoberta fica transformada. Ele possui tal alegria e certeza, que não irá recuar diante de nenhum sacrifício.
Assim sendo, o Reino aparece também como uma realidade atual. Aquele que vende tudo o que tem para adquirir o campo ou a pérola, sabe muito bem que não está trocando a presa por sua sombra. E ele sabe disso com uma certeza que o deixa transportado de alegria.
Aqueles que o veem agir assim, podem até tomá-lo por louco, pois aos olhos do mundo é uma loucura renunciar a tudo, renunciar ao que se tem, ao que se vê, ao que se possui, por aquilo que não se vê. Ele, porém, o homem que descobriu o tesouro ou a pérola, sabe ter agido com sabedoria, aquela que é dada pela fé, e é capaz de ver ‘as coisas que não são como se existissem’ (Rm 4,17), porque ele discerne a realização delas na promessa de Deus.
‘Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração’, declara o Sermão da Montanha (Mt 6,19-21). A alegria é a marca da fé, alegria sobrenatural, felicidade imprevista e imprevisível daqueles a quem o Reino dos céus é dado na fé. Alegria de Jesus Cristo que ele deposita pessoalmente naqueles que escutam e guardam sua palavra, ‘para que sua alegria seja perfeita’ (Jo 15,11).”
Assim, estamos diante de duas pequenas parábolas que associam o Reino e a alegria. Exatamente a alegria que o mundo busca de modo insaciável, disposto a pagar caro por ela. A alegria que em vão se procura nas festas e nos shows, nos campeonatos e nas medalhas olímpicas, na droga e no prazer… Uma alegria que não consiste em possuir, mas em ser possuído.
E ela se esconde – a alegria tão procurada – naquele encontro inesperado, na súbita iluminação dos dois discípulos de Emaús diante do pão partido. Uma alegria que é grátis, puro dom, uma graça que só Jesus Cristo nos pode dar…

Orai sem cessar: “Devolve-me, Senhor, a alegria de ser salvo!” (Sl 51,14)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.