LITURGIA DO DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2024
SEGUNDA-FEIRA DA 34ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
É de paz que o Senhor vai falar a seu povo e seus fiéis, e aos que a ele se converterem. (Sl 84,9). (Sl 84,9).
Primeira Leitura: Apocalipse 14,1-5
Leitura do livro do Apocalipse de são João – Eu, João, 1tive esta visão: o Cordeiro estava de pé sobre o monte Sião. Com ele, os cento e quarenta e quatro mil que tinham a fronte marcada com o nome dele e o nome do seu Pai. 2Ouvi uma voz que vinha do céu; parecia o barulho de águas torrenciais e o estrondo de um forte trovão. O ruído que ouvi era como o som de músicos tocando harpa. 3Estavam diante do trono, diante dos quatro seres vivos e dos anciãos, e cantavam um cântico novo. Era um cântico que ninguém podia aprender; só os cento e quarenta e quatro mil marcados, que foram resgatados da terra. 4Eles seguem o Cordeiro aonde quer que vá. Foram resgatados do meio dos homens, como primeira oferta a Deus e ao Cordeiro. 5Na sua boca nunca foi encontrada mentira. São íntegros! – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 23(24)
Resposta: É assim a geração dos que buscam vossa face, / ó Senhor, Deus de Israel.
1. Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, / o mundo inteiro com os seres que o povoam; / porque ele a tornou firme sobre os mares / e, sobre as águas, a mantém inabalável. – R.
2. “Quem subirá até o monte do Senhor, / quem ficará em sua santa habitação?” / “Quem tem mãos puras e inocente coração, / quem não dirige sua mente para o crime. – R.
3. Sobre este desce a bênção do Senhor / e a recompensa de seu Deus e salvador.” / “É assim a geração dos que o procuram / e do Deus de Israel buscam a face.” – R.
Aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44). – R.
Evangelho: Lucas 21,1-4
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”. – Palavra da salvação.
Liturgia comentada
Da sua penúria… (Lc 21,1-4)
Esta viúva pobrezinha do Evangelho, que Jesus observava atentamente no Templo de Jerusalém, está completamente na contramão do sistema capitalista. Desde criança, nós ouvimos frases como esta: “Quem dá o que tem, a precisar vem!” Trabalhar para acumular dinheiro, terras e rebanhos sempre foi reconhecido como uma virtude. Os homens ainda são elogiados por terem sucesso neste campo. Já o “mão-aberta” é visto como um esbanjador sem juízo. Muitas vezes, os economistas comparam brasileiros e japoneses, realçando nestes últimos a sua capacidade de poupança.
Ora, a pobre viúva elogiada por Jesus – não sem admiração – faz exatamente o contrário: tinha pouco, quase nada, duas ínfimas moedinhas de cobre, talvez cobertas de azinhavre. Pois exatamente aquele pouco que possuía, ela doou como esmola, no cofre do Templo de Jerusalém, onde os ricos deixavam cair as moedas bem do alto, retinindo nos ares o seu exibicionismo. Já a pobre, em sua generosa simplicidade, quis dessa maneira manifestar a Deus o seu sentimento religioso.
A gente simples do povo ainda costuma fazer coisas semelhantes: gastam dinheiro com velas votivas e ex-votos, com romarias e peregrinações, doam cabeças de seu pequeno gado para leilões do santo padroeiro. É verdade que nas classes mais ricas, a generosidade também existe, ainda que em menores proporções. Quando o coração humano fica preso aos bens materiais, logo perde sua capacidade de doação. Segundo os párocos, a maior parte dos dizimistas sai das camadas mais pobres da população. O edifício dos templos costuma ser construído com os palpites dos ricos e a esmola dos pobres…
Mas não é somente com doações em dinheiro, roupas e alimentos que nossa generosidade pode manifestar-se. Muita gente é generosa em doar seu tempo, como voluntários em creches e hospitais, evangelizando nas penitenciárias, rezando nas enfermarias, organizando associações em favelas e bairros de periferia. Tal como a viúva no Templo, cada um dá “de sua penúria”.
Na 2ª Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos exorta: “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras.” (2Cor 10,7-8)
E nós? Temos procurado partilhar com os outros a abundância de dons que de Deus recebemos?
Orai sem cessar: “Como retribuir ao Senhor todo o bem que me fez?” (Sl 116, 12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Visualizações: 26