Liturgia Diária

LITURGIA DO DIA 22 DE FEVEREIRO DE 2025

SÁBADO – CÁTEDRA DE SÃO PEDRO
(branco, glória, pref. dos apóstolos I – ofício da festa)
Antífona da entrada
O Senhor disse a Simão Pedro: Eu rezei por ti, para que tua fé não se apague. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos (Lc 22,32).
Primeira Leitura: 1 Pedro 5,1-4
Leitura da primeira carta de São Pedro – Caríssimos, 1exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será revelada: 2sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele não por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente; 3não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas, antes, como modelos do rebanho. 4Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa permanente da glória. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 22(23)
Resposta: O Senhor é o pastor que me conduz, / não me falta coisa alguma.
1. O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes, / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.
2. Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei. / Estais comigo com bastão e com cajado, / eles me dão a segurança! – R.
3. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo; / com óleo vós ungis minha cabeça, / e o meu cálice transborda. – R.
4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.
Aclamação ao Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Tu és Pedro, e sobre esta pedra / eu irei construir minha Igreja, / e as portas do inferno não irão derrotá-la (Mt 16,18). – R.
Evangelho: Mateus 16,13-19
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. – Palavra da salvação.
Liturgia comentada
– Quem dizeis que eu sou?” (Mt 16,13-19)
Ao longo da História, surgem variadas imagens de Jesus Cristo: um profeta do passado, um homem bom injustamente condenado, um reformador social, um guerrilheiro no Império Romano, um mestre de sabedoria, um “iluminado”… Nenhuma delas chega ao cerne de sua pessoa: o Filho de Deus que se encarnou, nascendo de Mulher, vítima de salvação para a humanidade.
Suzanne de Diétrich [1891-1981] comenta:
“Reconhecer em Jesus não mais um profeta, mas ‘o Filho de Deus’, só é permitido à fé. E esta fé só pode ser um dom de Deus. Não disse Jesus: ‘Ninguém conhece o Filho senão o Pai’? (Mt 11,27) E São Paulo declara: ‘Ninguém pode dizer Jesus é o Senhor se o Espírito Santo não o inspira’. (1Cor 12,3) Toda a Igreja apostólica reconhece que a divindade de Jesus Cristo é um mistério de fé, inacessível à simples sabedoria humana. No momento em que Simão confessa a sua fé, é o próprio Deus quem fala por sua boca; uma grande graça lhe é concedida e Jesus o proclama ‘feliz’.
Jesus dá a Simão um nome novo: ‘kepha’, que significa ‘rocha’. Este nome contém uma promessa: Simão, o discípulo flutuante, impulsivo, será agora, pela graça de Deus, a ‘rocha’ sobre a qual Deus edificará a comunidade nova. Nós cremos que se trata, aqui, exatamente da pessoa de Pedro, e não somente de sua fé. Bem entendido, é na qualidade de confessor da fé que Pedro é chamado a desempenhar este papel.
Ao lhe dar as chaves do Reino, Jesus permite a Pedro – e por ele, à sua Igreja – abrir este Reino àqueles que receberão sua palavra. Esta palavra tem o poder de desatar os homens dos elos do pecado e da morte.
Jesus adverte seus discípulos para não dizerem a ninguém que Ele é o Cristo. Ainda não chegou a hora de revelar sua identidade; de uma parte, porque seu ministério não está acabado e a confissão pública de sua messianidade será sua sentença de morte; de outra parte, porque sua qualidade de Messias pode prestar-se a graves mal-entendidos.
A sequência de sua conversa com os discípulos nos dará a prova disso. Eles ainda não compreenderam o mistério dos sofrimentos do Servo, nem no que diz respeito a seu Mestre, nem no que se refere a eles-mesmos.”
Para muitos, Jesus Cristo continua um mistério insolúvel. Só a graça de Deus pode des-velar este mistério…
Orai sem cessar: “Ele estava carregando os pecados da multidão.” (Is 53,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.