Formação

Catequista, a enxada nas mãos do Jardineiro

Catequista, a enxada nas mãos do Jardineiro
Maria é o exemplo mais perfeito do catequista
Maria é o exemplo mais perfeito do catequista. Quando alguém é chamado a evangelizar, deve se espelhar nela, seguir seus passos e acatar suas poucas palavras, dentre elas, a menor, porém a mais significante e profunda que foi o seu SIM! Nele está inserido a sua entrega total a Deus, a confiança, a obediência e a fé incondicional; o desejo amoroso de mostrar e apresentar Jesus a tantos quantos for possível.
Porém, dizer sim quando Deus se revela não é fácil, pois é preciso estar aberto e pronto para que se realize em si mesmo, tudo o que Ele quer construir de novo na sua vida primeiramente! Em Maria, foi o próprio Cristo que foi gerado, e assim deve ser também com o catequista que precisa gestar Jesus em si mesmo, conhecê-Lo intimamente e cultivá-Lo no coração, dia após dia, passando pela 'experiência' do encontro do homem com o amor de Deus, tão desejada no Sínodo dos Bispos, de 2012, no momento em que os Bispos trabalhavam um novo olhar voltado para a 'Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã'.
Você está disposto a renovar-se, a deixar-se modelar, tornando-se um bom instrumento nas mãos do Pai que lhe chama para anunciar Jesus Cristo?
Maria estava atenta e pronta para ouvir e servir, e essas qualidades de ouvinte e de serva precisam ser trabalhadas no catequista que, para isso tem que estar intimamente ligado à Palavra de Deus, à escuta daquilo que Ele quer lhe dizer ao coração.
No momento em que Deus se manifestou à Maria, através do anjo, Ele somente fez um anúncio e esperou a sua resposta. Ela respondeu: "Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). O anjo não pediu nada! Apenas anunciou!
Em poucas palavras eles se entenderam porque Maria já conhecia a Deus, portanto havia ali uma perfeita sintonia, uma partilha de amor que só estava aguardando o momento certo para se revelar. Assim também nós, somente podemos viver e demonstrar a nossa fé se isso for uma realidade na nossa vida, pois não é possível ao transmitir uma mensagem, vibrar de emoção e ter brilho no olhar sem ter passado pela experiência do encontro com a pessoa de Jesus Cristo, marcado pelos olhos nos olhos e de modo íntimo, particular, individual, transbordando e enchendo de amor a nossa vida e o nosso coração, para ser repartido e partilhado entre muitos.
Maria, no momento certo, respondeu ao chamado e tornou-se instrumento de Deus no mundo, e do pouco que se expressou tornou-se o muito para ser seguido.
Isso nos remete ao pouco que somos, porém importantes aos olhos de Deus, lembrando que não é a enxada que planta, mas sim, o jardineiro, ou seja, somos apenas instrumentos nas mãos do Pai que nos envia para uma missão a exemplo de Maria, para que sejamos os anunciadores de Jesus Cristo ao mundo com a nossa vida e com toda a nossa vontade de servir!