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A família precisa ser o lugar do amor transformador

A Sagrada Escritura nos diz: “O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a uma mulher”. Essa união querida por Deus tem uma missão especial de preparar seus membros para participar da grande família no Reino dos Céus. À família cabe a missão de guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida. Esse amor que se desdobrará nas alegrias e renúncias diárias para o bem de todos. Ele cresce à medida que exercitamos a virtude da caridade, e não quando buscamos nossos interesses, visando uma felicidade individualista. Olhar a família é contemplar um lar, lugar onde podemos sentir segurança, amor e pertencimento. Jesus nasce e cresce nesse ambiente de família e aprende com seus pais as virtudes que o fez crescer em sabedoria, estatura e graça. Diz ainda a Bíblia que Jesus era obediente aos seus pais.

O Concílio Vaticano II chamou a família de Igreja Doméstica. Logo, ao compreender que a família, da qual faço parte, é, antes de tudo, um projeto de Deus e um projeto para a minha felicidade, viver os seus desafios e conquistas será uma via que me unirá cada vez mais a Cristo, pois foi Ele quem me chamou para esta missão. A missão de tornar Deus — que reside na Igreja Doméstica, da qual faço parte —, conhecido, amado e adorado.

Jesus deve estar presente na família
A presença de Jesus nas Bodas de Caná, em Jo 2,1-11, significa que o Senhor deseja estar no meio da família, ajudando-nos a vencer os nossos desafios, transformando nossa água em vinho novo, alegrando nossa vida e realizando aquilo que, muitas vezes, não sabemos fazer. Mas, infelizmente, paira sobre a nossa sociedade que a família é pesada, além disso, que viver para os filhos e o marido não nos traz realização pessoal. Mas por que não há realização, se estamos na vontade Deus, realizando a missão que Ele sonhou?

Deixemos de lado os modelos de família perfeitos que os filmes nos apresentam e olhemos com louvor e gratidão para a nossa realidade. Contemplemos a beleza da vida que nos foi confiada no rosto dos nossos filhos. Vejamos a graça do companheiro que Deus nos deu para a realização da missão. Diga, sem medo: “Eu não estou sozinha! O Senhor me deu alguém por companheiro”. Você, homem, diga sem medo: “O Senhor me deu alguém para me ajudar!”.

Diante desta breve reflexão da família e sua finalidade, como mãe, preciso assumir com amor o que me propõe o Catecismo da Igreja Católica no número 2223: “Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Testemunham esta responsabilidade, primeiro pela criação dum lar onde são regra a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado. O lar é o lugar da gratuidade, do amor que transforma! Não tenhamos medo desse amor”.

 

Fonte: Canção Nova
Imagem:AleksandarNakic / GettyImagens